No passado dia 11 de março, fomos à Universidade de Cantábria para assistir ao lançamento de um ambicioso projeto no campo da eficiência energética: Sudoe Energy Push.

Cerca de 50 participantes, reuniram-se para descobrir um projeto que irá garantir a eficiência energética na habitação social. Se a eficiência energética está atualmente em foco com iniciativas como o Green Deal ou a Aliança entre França, Espanha e Portugal (2018), esta questão é particularmente sensível no caso das famílias mais vulneráveis. O Sudoe Energy Push procura resolver este problema, com base na capitalização de dois projetos anteriores do Sudoe: Sudoe Stop CO2 sobre eficiência energética em estações de transporte e PEMFC Sudoe focado no uso da célula de hidrogénio.

O evento foi inaugurado por Felipe Piña, Diretor Geral do Ministério Regional de Transportes da Cantábria, que destacou a contribuição do projeto para os objetivos de crescimento sustentável estabelecidos pela União Europeia, combinando desenvolvimento verde e inclusão social. Por sua vez, o Secretariado Conjunto do Programa Interreg Sudoe apresentou o programa no qual o projeto está enquadrado, dando especial ênfase ao financiamento de projetos com temáticas similares. Seguiram-se as intervenções da Cruz Vermelha, que fez uma apresentação sobre o seu trabalho relacionado com a pobreza energética, seguindo as orientações estabelecidas pelos objetivos do milénio das Nações Unidas.

Em seguida, Orestes Cendrero, coordenador do Sudoe Energy Push, explicou os objetivos do projeto e as metodologias que este irá utilizar. Esta última baseia-se na combinação da renovação passiva e da metodologia BIM para reduzir o consumo e as emissões na habitação social e melhorar o bem-estar dos seus habitantes. Com um orçamento FEDER de 1.387.457,63 euros, o projeto terá edifícios-piloto na zona de Novales (Cantábria). A jornada foi concluída com a apresentação dos resultados do PEMFC SUDOE sobre a pilha de hidrogénio, destacando o problema ligado ao armazenamento de energias renováveis.

Embora a área de Sudoe ainda esteja longe de atingir a meta de energia 100% renovável até 2050, o entusiasmo dos participantes ilustrou a ambição comum de continuar trabalhando nessa direção, apostando em energia limpa para o benefício de todos, independentemente do seu status social.

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