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O Programa Interreg Sudoe festeja dezasseis anos de êxitos, em Bruxelas.
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Quarta-feira, dia 6 de junho, o Comité Europeu das Regiões acolheu o Programa Interreg Sudoe para festejar os seus dezasseis anos de existência. Este evento, que reuniu vários representantes políticos e institucionais de elevado nível, finalizou com uma mensagem comum forte com base no impacto inegável do Programa de cooperação territorial para o Sudoeste europeu: a necessidade de garantir a sua continuação no próximo quadro financeiro plurianual 2021-2028.
Esta conferência visava ressaltar os resultados do Programa Interreg Sudoe desde 2002 e o seu impacto no dia a dia dos seus cidadãos. Inaugurado pelo Sr. Pavel Branda, membro do Comité Europeu das Regiões, este último sublinhou os riscos ligados a uma focalização sobre os programas transnacionais que dispõem de uma estratégia macroregional como indicado na proposta da Comissão Europeia para os programas Interreg publicada no dia 29 de maio, em detrimento de outros programas com êxito, como o Programa Interreg Sudoe. Esta intervenção foi completada pelo Sr. Juan José SOTA, Conselheiro de Economia, Orçamento e Emprego do Governo da Cantabria e Autoridade de Gestão do Programa que enfocou o impacto do Programa relativo ao desenvolvimento regional do espaço coberto nos últimos anos. Seguidamente, teve lugar um primeiro debate institucional sobre o impacto da cooperação transnacional no Sudoeste europeu e o Programa Interreg Sudoe, reunindo o Sr. Valcarcel Siso, Vice-Presidente do Parlamento Europeu; a Sra. Iratxe Garcia, deputada europeia; Sr. Jean Luc Frès do Comissariado Geral da Igualdade dos Territórios, a Sra. Teresa Jorge, Chefe de Unidade da CCDR Centro de Portugal e o Sr. Marc Lobet da DG REGIO; moderado pela Sra. Claire Doole, antiga jornalista da BBC. Neste contexto, o Vice-Presidente do Parlamento Europeu não hesitou em insistir sobre a importância de garantir a manutenção do Programa Interreg Sudoe no futuro tendo em conta o seu contributo ao desenvolvimento regional do Sudoeste europeu assinalando ao mesmo tempo a sua apreensão no que diz respeito aos cortes orçamentais e as condições macroeconómicas transmitidas nas propostas da Comissão. O conjunto das intervenções permitiu sublinhar a cultura de cooperação inerente ao Programa Interreg Sudoe, bem como a pertinência das temáticas específicas cobertas por este, assinalando ao mesmo tempo os desafios específicos ao espaço que deverão ser abordados no futuro como o despovoamento ou a alteração climática.
Este primeiro painel seguiu-se de um segundo debate entre peritos da coesão territorial europeia entre os quais o Sr. Nick Brookes da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas, o Sr. Vasilis Margaras do Centro de Investigação do Parlamento Europeu, o Sr. Erich Dallhammer do instituto de Estudos Austríaco ORI e o Sr. Eduardo Medeiros da Universidade de Lisboa. Os intervenientes partilharam o seu entusiasmo relativo ao Programa Interreg Sudoe, fazendo referência às intervenções da manhã e pondo em epígrafe os resultados obtidos através do financiamento de projetos únicos e inovadores. Além disso sublinharam a dificuldade à hora de medir o valor acrescentado dos programas Interreg como um todo tendo em conta a sua natureza, posicionando-se em prol da continuidade do Programa Interreg Sudoe.
Estes debates completaram-se com a apresentação de três projetos financiados através do Programa e o seu impacto sobre o território nomeadamente; TELERIEG sobre a gestão das águas, CLIMACT sobre a educação para a luta contra a alteração climática e APSAT sobre a inovação no domínio do espaço aéreo.